Quando o simples funciona: 8 dicas para uma execução de Loja Perfeita que gera venda

Criado em 21 de julho 5 min(s) de leitura

Última atualização em: 22 de julho de 2025, às 12:26 pm

       
           

Por Carlos Eduardo Grabois
Autor da newsletter Trade Marketing Insights e Professor da ESPM.

 

1. Não é o plano que gera venda e sim a execução

Se você já esteve em uma loja às 9h da manhã com gôndolas vazias, precificação faltando e promotor correndo para entender o que precisa fazer, provavelmente esse é um caso clássico onde o problema não está na estratégia, mas em como ela chega na ponta. A gente costuma achar que inovação é sempre sobre fazer algo novo. Mas, muitas vezes, inovar é voltar ao que funciona. E isso começa com o que é simples e bem executado.

 

2. Loja perfeita é como uma banda afinada

Gosto de pensar que o ponto de venda é como uma banda tocando ao vivo. Mas às vezes cada um está lendo uma partitura. Aí a banda toca fora do ritmo. A música fica estranha. E o shopper… troca de música.

 

3. O que está quebrando o “som” da execução?

Ao longo da minha jornada no Trade Marketing, notei três erros que se repetem e que silenciosamente sabotam o crescimento:

  1. Complexidade desnecessária. Se o briefing é exagerado, parecendo um livro, é um problema. Todo excesso atrapalha.
  2. Falta foco. É cruel exigir performance sem dar direção. Quando tudo é urgente, o que importa de verdade se perde. Foco é um o segredo do sucesso.
  3. Desconexão com a realidade do campo. Um plano feito sem conhecimento e entendimento da rotina de quem executa está fadado a virar “mais um documento que ninguém lê”. A estratégia tem que funcionar aos olhos do shopper e não no PPT para o board da empresa.

 

4. O básico bem feito é o que transforma o plano em venda

Não é sobre ser simples por falta de ambição. É ser simples porque a simplicidade exige domínio. E coragem. Veja os 4 elementos que sustentam essa mentalidade:

  1. Execução real versus Dashboard bonito. Se o plano não sai da tela do PowerPoint, ele irá perder sua importância. Loja Perfeita é o que acontece na loja e não no arquivo.
  2. Indicadores que orientam. Menos gráficos e mais foco. Um KPI bem explicado pode virar um mantra no campo, ao contrário de  dez indicadores mal comunicados, que só vão gerar ruído.
  3. Ferramentas visuais e aplicáveis. Ferramentas que orientam o promotor em campo Metas bem alinhadas com a equipe e três bullets em locais estratégicos de comunicação. Simples assim e infinitamente mais eficaz.
  4. Foco no que realmente mexe o ponteiro. Fazer tudo não é o caminho. Fazer o essencial com excelência é.

 

5. Clareza é mais rápida do que pressa

Na ansiedade de “subir a informação logo”, esquecemos que uma instrução mal explicada gera retrabalho, dúvida, erro. A velocidade não pode matar a clareza. Uma mensagem bem escrita evita muitas correções depois.

 

6. Promotor aprende com o que ele vive, não com o que a gente apresenta

Quer ensinar execução? Mostre. Demonstre. Dê exemplos reais. Fale a língua da loja. Esteja próximo. O promotor não precisa de um tutorial de sistema. Precisa entender como fazer e principalmente por que isso importa, o ser humano precisa sentir que é parte disso.

 

7. Backoffice também é protagonista

Muita gente acha que quem está no backoffice “apoia o campo”, mas, na prática, são estes profissionais que a execução. É esta equipe quem define o tom da mensagem, o compromisso com o direcionamento e a governança do processo. Cada informação bem estruturada, cada checklist visual, cada mensagem pensada com empatia. Tudo isso faz uma execução melhor e isso transforma uma loja comum em uma loja perfeita.

 

8. Loja Perfeita nasce de pessoas alinhadas

Não se constrói uma loja perfeita apenas com processos, é crucial o entendimento de pessoas. Gente que se importa com gente. Gente que tem visão na ponta onde quem atua é gente. Gente que entrega clareza para gente.

 

Conclusão

“O básico bem feito é muito melhor do que o sofisticado mal-executado.”

Não é teoria. É campo, dia a dia, suor de quem faz acontecer. E você? Você que organiza, planeja, estrutura, já parou para pensar no impacto que tem no resultado da loja? Às vezes, só de deixar mais claro o que importa, você muda o jogo de quem está lá fora, executando sob pressão. Pode parecer pequeno. Mas quem está lá no PDV agradece, e o resultado aparece.

 

 

Carlos Eduardo Grabois é executivo com sólida trajetória em Trade Marketing, com mais de duas décadas de atuação em empresas nacionais e multinacionais. Ao longo da carreira, estruturou áreas, liderou grandes times e transformou estratégias em execução de excelência. Também atua como palestrante em eventos do varejo e da indústria, é idealizador da newsletter Trade Marketing Insights no LinkedIn e Professor da ESPM.

Quer ter acesso a conteúdos exclusivos?

Inscreva-se para receber por e-mail e em primeira mão conteúdos sobre Trade Marketing e Varejo

Conheça o Involves Stage: a solução de trade marketing

Uma ferramenta completa para execução, gestão e inteligência da sua operação.

Saber mais

Transforme fotos em dados precisos!

Descubra como o Reconhecimento por Imagens otimiza a coleta de dados no PDV.

Saber mais

Tudo sobre Varejo

Ver todos arrow_forward

Faça parte do Involves Club e receba, em primeira mão, conteúdos exclusivos sobre Trade Marketing