Qual o futuro do varejo? Inovações e tendências

Criado em 20 de dezembro min(s) de leitura

Última atualização em: 24 de janeiro de 2023, às 2:29 pm

futuro do varejo        
           

Estamos chegando ao final do ano! E não tem como olhar para os próximos 12 meses sem falar sobre as principais tendências. Qual será o futuro do varejo? O que você, enquanto profissional de trade marketing, pretende fazer para não perder o timing e usar a transformação digital a seu favor nos PDVs?

Se você quer inovar e oferecer experiências mais interessantes ao seu consumidor, continue comigo. Depois de algumas leituras, pesquisas e conversas com especialistas da área, reuni algumas visões sobre o que vem por aí quando falamos sobre o futuro do varejo para que você consiga fazer seu planejamento estratégico para 2019 com base em insights valiosos e de fontes seguras.

Abaixo estão os pontos cruciais que você deve considerar ao planejar suas ações de trade marketing para este ano.

Está sem tempo? Escute este conteúdo:

FUTURO DO VAREJO: MAIORES TENDÊNCIAS E PREVISÕES

Me perdoe, mas falar sobre tecnologia é fundamental. Não existe a possibilidade de abordar temas relacionados ao futuro do varejo sem incluir a transformação digital na pauta.

Mas não se preocupe. Todos os pontos que trago neste texto também influenciam as ações nas lojas físicas. E é aí que você, enquanto profissional de trade marketing, deve prestar atenção especial. Já vi gente torcer o nariz e ignorar dicas importantes por pensar que o online não complementa o offline.

Este é o primeiro paradigma a ser quebrado se você quiser manter-se firme no mercado. Cada vez mais, físico e digital unirão forças e trabalharão juntos por um objetivo que vai muito além de aumentar a lucratividade das empresas. Obviamente que a meta final de qualquer negócio, sendo bem franca, é vender mais. No entanto, os meios que usamos para chegar até lá são bem diferentes agora.

Tenha em mente que, independentemente dos tópicos que abordaremos a seguir, o futuro do varejo está diretamente relacionado a um aspecto extremamente importante: o tipo de experiência que você oferece ao seu consumidor. Não apenas durante este ano, mas por vários que ainda virão, jamais esqueça de colocar o cliente no centro.

Dito isto, vamos às tendências de consumo para os próximos meses:

#1 Entregas super rápidas

Não importa se você tem um e-commerce, se responde por um marketplace ou se trabalha com lojas físicas. Para não perder a chance de concretizar uma venda, suas entregas precisam ser rápidas. Não, não estou falando de prazos de uma semana. Estou falando sobre entregas de, no máximo dois dias e, se conseguir por menos, melhor ainda.

A Amazon, por exemplo, promete delivery em duas horas se o cliente fizer o pedido utilizando sua assistente digital, Alexa. E como o intuito é sempre melhorar o atendimento, a marca prevê entregas ainda mais velozes (de até 30 minutos!) com o uso de drones próprios. Não acredita? Dê uma olhada no vídeo abaixo:

Segundo eles, pode até parecer coisa de ficção científica, mas “um dia, os veículos da Prime Air serão tão normais quanto caminhões nas estradas.”

#2 Seus eletrodomésticos farão compras

Nada de virar esses olhos, como quem quisesse dizer que estou falando besteiras. Já existem sensores que, quando acoplados a eletrodomésticos como geladeiras e máquinas de lavar, desempenham duas ações: avisam quando algum item está acabando ou fazem o pedido diretamente à loja.

Assista ao vídeo abaixo para ter uma ideia sobre como será o futuro do varejo:

#3 Estoques mais próximos de você

Abordei apenas dois itens até agora e tenho certeza que você percebeu que a ideia para o futuro do varejo é facilitar as coisas para o consumidor, certo? Bem, e se eu te disser que conseguiremos saber qual é o PDV mais próximo da nossa localização que possui o produto que buscamos?

Pegue seu smartphone e pergunte à assistente pessoal do Google: “Onde encontro uma bota para caminhada masculina, da cor marrom, tamanho 41 nas proximidades?” A resposta apresentará o número de lojas com o item em estoque e a distância de cada uma delas, a partir da sua localização.

#4 Provadores digitais

Você vai até a loja, escolhe algumas roupas, perde um tempo na fila dos provadores e, dependendo do seu nível de paciência, desiste da compra. O futuro do varejo trará experiências diferentes. Talvez nós nem precisemos mais nos despir para experimentar uma peça!

A Sephora, por exemplo, já tem um app interativo que permite que as pessoas testem maquiagens e até mesmo recebam sugestões através da câmera do smartphone.

A marca de roupas Rebecca Minkoff, de Nova Iorque, implantou telas interativas nos andares e vestiários de algumas de suas lojas, através das quais os atendentes conseguem descobrir quais itens foram levados aos provadores, quais foram vendidos ou deixados para trás e até fazer pedidos de café ou champanhe grátis para servir aos clientes.

A tecnologia utiliza “tags RFID para reconhecer cada peça levada até os provadores e shoppers podem pesquisar por fotos que apresentam o item combinado com diferentes looks, bem como verificar quais são os outros tamanhos e cores disponíveis em loja – um esquema semelhante ao que acontece com as compras online.”

#5 Chega de sacolas

Lembra das cenas dos filmes de Beverly Hills, que mostravam as pessoas carregadas de sacolas após um dia intenso de compras? O varejo do futuro também pensou na comodidade dos consumidores e traz novidades nesse sentido. Afinal, ninguém gosta de ficar andando de um lado a outro esbarrando as compras por onde passa.

Pegue o exemplo da Bonobos, também nos Estados Unidos. A jornada de compra começa por um atendimento personalizado. Você agenda um horário para ser atendido na loja física de sua preferência e tem um vendedor exclusivo, no melhor estilo 1-on-1. Depois de experimentar e escolher o que deseja, os itens são despachados diretamente para sua casa ou escritório, sem nenhuma taxa extra.

#6 Peça do seu jeito

Se falamos tanto na personalização da experiência do cliente, nada mais justo do que também discutir a personalização dos produtos na nossa lista de compras. Ninguém quer mais do mesmo. Estamos todos em busca do algo a mais, da exclusividade.

A Dresden é uma varejista australiana de óculos que vem se destacando mundialmente por causa do pensamento inovador. A empresa tem como missão a revolução da indústria através do oferecimento de produtos locais, sustentáveis e financeiramente acessíveis. Com plástico recolhido das praias da Austrália, permitem os seus shoppers criem os próprios modelos de armação e escolham as cores e lentes que preferirem para seus óculos de sol ou grau.

Ah, tudo feito na hora! Dê play no vídeo abaixo para saber mais:

#7 Formatos de loja diferenciados

Sim, o futuro do varejo continua com foco no cliente. E isso também quer dizer que aquela ideia antiga de que existe um formato universal de PDV que supere as expectativas de todo mundo já era. A tendência é que, cada vez mais, as lojas sejam adaptadas à realidade do público local e apareçam em versões menores.

A Nordstrom é um bom exemplo. A varejista de moda para diversos públicos oferece uma série de serviços: compra online com retirada em loja, ajustes e costuras, leva e traz, personal stylists, trocas e devoluções facilitadas, entregas no mesmo dia, aluguel de trajes, salão de beleza, lavanderia, barbearia, alimentos e bebidas.

O site também informa: “Tenha a experiência Nordstrom mais perto de casa! Nosso hub para coleta, ajustes, devoluções, estilistas pessoais grátis e outros agora está aberto em mais lugares para servi-lo.”

PARA TERMINAR…

Se tem mais um detalhe que posso dizer sobre o futuro do varejo é que as lojas físicas tendem a aumentar. Sim, falamos muito sobre os ambientes virtuais. O que não quer dizer que você deve esquecer dos PDVs tradicionais – com diferenciais, é claro.

De acordo com a Federação Nacional do Varejo, para cada empresa que desiste de suas lojas físicas, um número quase três vezes maior (2,7) inaugura novos pontos de venda – aumento de cerca de quatro mil unidades nos Estados Unidos em 2017.

O cenário é parecido no Reino Unido onde, segundo a Associação Inglesa de Varejistas Independentes, 414 novas lojas foram abertas no primeiro trimestre de 2017. O mesmo período do ano anterior havia apresentado abertura de apenas quatro unidades.

Em poucas palavras, me arrisco a dizer que o futuro do varejo está pronto para aqueles com melhor poder de adaptação. Adapte suas estratégias para entender e surpreender o seu cliente. Adapte seu mix de produtos, se preciso. Adapte seu formato de loja, adapte sua equipe, adapte sua visão de mercado, adapte os treinamentos de seus promotores, adapte a sua abordagem, a sua linguagem.

O futuro do varejo está nas mãos daqueles que não se permitem estagnar.

E você, o que tem feito para adaptar-se à nova realidade do varejo? Como pretende pensar suas operações de trade marketing com base nas tendências da transformação digital? Acabei de lançar essa bola para você. Só não vale deixar cair!

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