Sete tendências de consumo que ninguém pode ignorar – Segunda Parte

Criado em 8 de setembro min(s) de leitura

Última atualização em: 24 de janeiro de 2023, às 7:49 pm

       
           

Eu costumo não gostar muito de fazer listas para chamar a atenção do leitor, mas nesse caso acho bastante válido.

É que ultimamente fala-se muito em mudanças de comportamento do shopper e consumidor. Muitos atrelam este tipo de mudança comportamental à crise, mas eu costumo questionar estas “verdades absolutas”.

Depois de descobrir tudo o que você precisa saber para ter insights, estará pronto para saber o que mudou.

Entre os meus amigos, percebi que tem acontecido um movimento de reavaliação de gastos e predileção por qualidade de vida. Tenho alguns exemplos próximos de pessoas que optaram por desacelerar: diminuir a carga horária de trabalho, ganhar um pouco menos para poder ficar mais em casa, com a família, ou até para poder dedicar o tempo livre para cuidar mais da saúde.

Também tenho frequentado muitas palestras e feiras pelo Brasil e ouvido sobre experiência, engajamento e como o consumidor pode ser o embaixador de uma marca. Pensando nisso resolvi elencar tendências apontadas em diferentes momentos, mas que também simbolizam bastante como eu vejo o contexto atual e este movimento de mudança que venho observado.

CONSUMO CONSCIENTE

Esta é uma expressão que está na moda e me arrisco a dizer que tem tudo para chegar como obrigação na indústria, não somente da moda, mas também no dos bens não-duráveis. Um exemplo é o movimento Fashion Revolution Day, que levanta a questão de que a indústria têxtil é a segunda que mais polui no mundo, perdendo apenas para a indústria petroquímica.

Este movimento tem aberto os olhos das pessoas e feito com que os consumidores questionem de onde vêm os produtos, quem os fabrica e se eles estão atrelados a algum tipo de trabalho análogo à escravidão. Um exemplo de imagem manchada foi o da gigante Zara, que foi autuada pelo Ministério do Trabalho e Emprego por escravizar pessoas na produção e manufatura das peças. Pior que o envolvimento com exploração de mão-de-obra, ficou a mancha no nome da empresa depois do escândalo.

Por isso o conceito de Comércio Justo (Fair Trade) tem sido tão estimulado e procurado por jovens e, principalmente pelos millennials. Pelo menos é o que destacam as pesquisas feitas sobre esta nova classe social.

ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL

Já apontamos esta mudança na leitura das pequisas da Nielsen que fizemos para o Clube, em que, fazendo um raio X do brasileiro, os números apontam que quase 80% deles passaram a optar por comidas mais saudáveis. Mas este número também é percebido nas ruas, quando vemos o crescimento dos restaurantes com enfoque em comidas saudáveis e menos industrializadas.

Para refletir sobre este movimento, basta pesquisar um pouco sobre quem são as novas celebridades da internet. Uma delas é a apresentadora Bela Gil, que é famosa por escolher alimentos coloridos nos pratos saudáveis que prepara. Bela também usa o aplicativo Instagram para dar dicas para os internautas de quais as frutas e verduras das melhores épocas do ano e também receitas rápidas. Não é à toa que sua rede social já conta com mais de 800 mil seguidores.

Então, se é do ramo alimentício e está pensando nas estratégias para conseguir se comunicar melhor com o consumidor, perceba que não basta comunicar, é preciso fazê-lo entender dos motivos pelos quais ele precisa consumir. E é neste momento que seguimos para o próximo tópico. Vale conferir as tendências do food service e a projeção do setor no mercado.

ÉTICA E TRANSPARÊNCIA

Essas duas palavrinhas acima deveriam ser o mantra de qualquer empresa. Digo isso pois só assim consumidores, shoppers e todos os outros stakeholders poderão se sentir parte da operação. Em se tratando de trade, faço um alerta em especial. Se você não for transparente sobre as estratégias, ela não funciona. A empresa precisa estar estrategicamente alinhada, diferente disso, não funciona.

Como uma coisa depende da outra, sem transparência, a ética começa a ser questionada. Seja transparente, reflita sua operação e estabeleça regras. É no detalhe que mora o perigo, por isso, deixe sempre no radar quais os caminhos você quer seguir e como você quer ser visto pelo shopper e consumidor.

Quer um exemplo?

Vamos usar mais um case da indústria da moda. A cantora e compositora Beyoncé virou um ícone pop não só pelas músicas que bombam no mainstream, mas também por promover empoderamento feminino e discussão sobre preconceito racial. 

Recentemente a Beyoncé lançou uma marca de roupas voltadas para linha fitness, que junto com a força do nome, ganhou também a força da mídia por causa de acusações de utilização de mão de obra escrava.

O que uma coisa tem a ver com outra? Não pega muito bem a mesma figura pública que atua como ativista de causas sociais explorar mão-de-obra escrava, certo? O problema todo é que apesar das acusações serem refutadas pela terceirizada da marca, a principal figura não se posicionou sobre o assunto.

Ou seja, a marca da Beyoncé até pode ser ética, mas tem a eticidade questionada pela falta de transparência.

EMPATIA

Eu arrisco em dizer que empatia é a palavra desta geração. Ela transforma a relação entre as pessoas e permite o diálogo real em que a troca de conhecimento acontece. Só com empatia você pode estabelecer uma conversa franca com seu consumidor e entender com quem você está falando (e criar um laço com você – como marca).

A empatia pode ser uma forma de estratégia para os momentos em que você precisa dar uma resposta para seu consumidor. Ela é também um exercício e necessita paciência. Tanto sua quanto de quem está do outro lado. Cito o exemplo da gingante Samsung, que fez um belíssimo exercício de empatia e viralizou nas redes:

 

Eu sei que neste compilado temos apenas quatro tópicos. A ideia aqui é fazer uma reflexão destes primeiros. Ao longo da semana vamos postar por aqui outras três tendências!

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