Sumário
Não quero dar spoiler para o restante do post, mas já digo de antemão: o supervisor de merchandising é o cérebro e os olhos da indústria no campo.
Mas, calma! Para que isso funcione de maneira eficaz, é preciso que esse profissional esteja atento a uma série de questões.
Venha comigo para descobrir quais são as principais responsabilidades e barreiras enfrentadas por um supervisor de merchandising durante o desempenho de sua função.
QUEM É O SUPERVISOR DE MERCHANDISING?
Antes de mais nada, é preciso estabelecer limites. O supervisor de merchandising não é um supervisor de trade marketing nem um profissional da área administrativa. Ele também não é um promotor de vendas.
Sim, a linha é tênue. No entanto, é possível organizar as tarefas e o planejamento para que cada colaborador seja responsável pelas próprias atividades. Tenha sempre em mente que o supervisor de merchandising é uma pessoa do campo.
Ele não apenas conhece as regras do jogo, como tem conhecimento total sobre todos os guias de merchandising, negociações e campanhas. Enquanto o supervisor de trade marketing prepara o terreno, o supervisor de merchandising garante a execução, o acontecimento das ações em campo.
O supervisor de merchandising é um gestor de pessoas e pontos de vendas. Este profissional precisa, necessariamente, dominar ações e informações externas para prestar auxílio aos promotores no dia a dia. E, para tanto, é uma pessoa que precisa conhecer a sua equipe, impreterivelmente.
Fernando Brito é gerente de trade marketing e merchandising do grupo de consumo da 3M, uma companhia global que é líder de mercado em produtos que envolvem desde cuidados com a saúde e segurança no tráfego a materiais para escritório, abrasivos e adesivos.
Atualmente, Fernando responde por todo o canal de consumo atendido pela empresa: varejo alimentar, home center, canal farma e papelaria.
Segundo ele, a 3M tem uma cultura muito forte de desenvolvimento profissional.
Temos sempre um plano de ação e, por isso, uma das coisas que mais cobramos de nossos supervisores é o conhecimento do time que trabalha com eles.
Hoje, são 18 supervisores no Brasil. Todos eles acompanham a performance dos promotores designados, sabem qual é o nível da operação e entendem que, às vezes, é preciso motivar e entender a situação dos colegas de trabalho para garantir melhor execução em campo.
“Quanto mais alinhados estão esses pilares, que unem merchandising, guia de execução e gestão da equipe externa, melhor é a administração dos nossos supervisores”, aponta Fernando.
Para o gerente de trade, eles são a ponte entre a indústria e os promotores.
AS PRINCIPAIS TAREFAS DO SUPERVISOR DE MERCHANDISING
Sendo o cérebro e os olhos da operação, o supervisor de merchandising desempenha uma série de tarefas nos PDVs. Algumas das mais essenciais englobam:
- garantia da execução da loja perfeita
- suporte à equipe de promotores e vendedores
- identificação de oportunidades de melhorias
- envio de relatórios e indicadores para o back-office
- implementação de materiais de merchandising
- conhecimento detalhado de todas as ações em campo
Em suma, o papel do supervisor é o de sempre deixar a loja melhor do que encontrou.
Antes de assumir o cargo na 3M, Fernando passou por empresas como Oi e Claro. Apesar dos segmentos totalmente distintos, ele acredita que, em todos os casos, o supervisor de merchandising é a pessoa que precisa ter todas as respostas na ponta da língua.
O sucesso das nossas estratégias está nas mãos do supervisor. Para garantir o que queremos e ter a certeza de que tudo vai funcionar conforme o planejamento, precisamos que ele garanta a parte racional em campo, enquanto o prático é feito pelo promotor.
Essa transferência das informações colhidas em campo para o back-office passa pela revisão do supervisor e, quando a empresa conta com o auxílio da tecnologia, o repasse é muito mais prático.
O USO DA TECNOLOGIA PARA EVITAR FALHAS
Há cerca de três anos, a 3M passou a adotar o Involves Stage para otimizar a comunicação entre as equipes internas e externas. Embora não esteja implementada em 100% do time, a ferramenta contribui para uma série de tarefas, e a entrega dos profissionais que utilizam o sistema em suas rotinas é muito mais rápida e precisa.
“O Agile (antigo nome do Involves Stage) nos ajuda a garantir efetividade de rota, obter geração facilitada de relatórios, melhor visão do que o promotor precisa fazer em campo, além de minimizar a chance de erros. Com ele, a análise de indicadores é feita com base no cenário atual mais rapidamente”, revela Fernando.
Sem a otimização de processos rotineiros, os supervisores de merchandising enfrentam dificuldades que vão desde o acompanhamento e controle da execução, até atraso no recebimento de dados colhidos nos pontos de venda. Os muitos intermediários com contato manual sobre essas informações tornam os relatórios passíveis de erros e isso, consequentemente, atrapalha o andamento das atividades no back-office.
É fato, portanto, que uma ferramenta de gestão de equipes de campo aumenta a qualidade do serviço prestado e oferece subsídios para que o trabalho seja feito em melhores condições.
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