Sumário
O shopper do varejo de vizinhança está no escopo do planejamento de trade marketing de muitas indústrias. O movimento é compreendido se fizermos uma leitura deste perfil nos últimos anos: além do fator localização, o preço praticado por essas lojas passou a concorrer com os adotados em super e hipermercados.
A palavra da vez é conveniência. E a sua estratégia precisa levar em conta esse valor se pretende desenvolver oportunidades de negócio. Para o varejista desenvolver este modelo de negócio é indispensável contar com informações atualizadas do fornecedor.
Esse texto esclarece alguns pontos para quem pretende investir assertivamente no varejo de vizinhança.
A RESSURREIÇÃO DO VAREJO DE VIZINHANÇA
As mudanças na competitividade e no posicionamento de preços que beneficiaram os negócios neste formato de loja, principalmente, a partir de 2016, seguiram a mesma tendência em 2017.
De acordo com informações da GfK Brasil, o valor da cesta básica no primeiro trimestre de 2017, composta por 35 itens de consumo, chegou a custar praticamente o mesmo valor (R$247,34) praticado nos grandes, super e hipermercados (R$ 247,16),
O diretor da GfK, Marco Aurélio Lima, comentou o estudo apresentado sobre o setor durante uma entrevista ao Portal Newtrade.
O movimento, que levou as grandes redes a investir em layouts no formato “mercadinho de bairro”, apoia-se em algumas características que precisam ser respeitadas. Elas são premissas do trade marketing, como a definição da exposição e do mix de produtos destinado à loja.
AS BASES DA ORGANIZAÇÃO DA LOJA
O grande desafio dos empresários do Pequeno Varejo é não perder clientela para grandes redes de varejo. A maior parte deles já entende que o merchandising não deve ser o princípio inicial de um posicionamento efetivo de trade marketing. É preciso ir um pouco mais além para chamar atenção do consumidor.
O trabalho realizado pelo Sebrae durante o Encontro Nacional da Cadeia de Abastecimento (Enacab) apresentou parâmetros que devem ser respeitados para se oferecer uma experiência de compra agradável ao shopper.
OS DESAFIOS DAS CATEGORIAS NO VAREJO DE VIZINHANÇA
Assim como em qualquer outro formato, as categorias enfrentam desafios diferentes no varejo de vizinhança. O setor de hortifruti, por exemplo, deve ser explorado mas pode ter um mix enxuto.
Dependendo da região, e do que as pessoas mais compram no seu estabelecimento, é possível ter uma previsão dos itens com mais saída. Dessa forma, evita-se o desperdício e o giro de mercadorias é mais garantido.
Pesquisas com os consumidores são imprescindíveis para isso. A praticidade de disponibilizar uma refeição rápida para a clientela perto de casa pode fazer toda a diferença nas vendas da categoria Congelados. Para a categoria, vale um lembrete importante: produtos mais caros sempre ao alcance dos olhos do cliente.
Outro ponto importante é manter o check-out organizado, com itens básicos que nem sempre são lembrados pelo consumidor: doces, itens de higiene pessoal (lâminas e aparelhos de barbear), petiscos etc. O responsável pela maioria dos problemas de gestão de produtos no varejo de vizinhança ainda é o estoque.
Do pequeno ao grande varejo, a solução para evitar situações de conflito é o gerenciamento por categorias. Isso quer dizer que o trade marketing vale, sim, para o varejo.
COMO ORGANIZAR O ESPAÇO?
Temos duas dicas rápidas: a primeira delas é que pouco espaço não pode ser uma desculpa para desorganização. A foto abaixo mostra produtos de limpeza lado a lado a produtos de alimentação infantil. É um mau exemplo de disposição. Tem uma outra palavra bem usual no trade marketing que resolve essa incógnita da distribuição de produtos, e a palavra é planograma.
Na imagem abaixo, os sabonetes são uma verdadeira armadilha para o cliente. O ideal seria colocá-los em cestos, evitando uma situação constrangedora no momento da compra. Cuidado com produtos que podem facilmente cair das prateleiras.
Se você gostou das dicas, pode conferir um material criado pelo Sebrae para não errar no ponto de venda.